Desafogando-me
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Ghostbusters
Um dia desses eu avistei um fantasma. Pensei estar louca, pois há muito ele não me assombrava. Contudo, lá estava ele estagnado e me confrontando. A sua aparição despertou uma série de sentimentos, que por estarem adormecidos me levaram a crer na impossibilidade de reavivá-los. Sempre soube que ele apareceria e treinava minhas reflexões para quando o momento chegasse. Porém, diante de sua moldura, acovardei-me e, simplesmente, fiquei a admirar e a contemplar a sua ousadia. A sensação de náusea foi o que me levou a acreditar que aquele instante era real e não fruto de minha imaginação fértil. Afinal, o espectro sempre esteve presente em meus pensamentos, em que confrontos contra o sobrenatural seriam travados e heroicamente recordados por aqueles que observassem. Porém, antes que eu me atrevesse a reagir de acordo com o esperado, ele desapareceu como mágica. A sua visita foi rápida e inesperada, mas abriu feridas que demoraram para cicatrizar. O estrago foi grande para o período de exposição. Pois é, nem toda aparição vem acompanhada de "Unchated Melody" e muito menos pode ser caracterizada como "camarada".
domingo, 7 de novembro de 2010
Conto de fadas rotineiro
Após uma péssima noite de sono, ela acorda desejando a sua cama. Fica por mais trinta minutos deitada, típico fenômeno que a física justifica: a inércia. Ao se levantar, olha pela janela e vê um belo dia de primavera, com a mata a sua frente, o céu azul pintado com poucas nuvens brancas e um sol ardente, que parece não ter limites para irradiar. Agradece a Deus por estar viva, porém seu instinto egoísta aflora e pede ao mesmo que este seja "o" dia de sua vida. Em vão, escolhe a roupa mais colorida do guarda-roupa, pois acredita que as cores berrantes e impróprias conseguirão despertar não só em si, como naqueles que vagam pelas ruas, um sentimento de conto de fadas. Talvez amor, talvez aventura, talvez amizade. Enfim, sai de casa trajando esperança e ansiedade. Contudo, seus olhos cegaram; acostumaram-se a uma única cena. Por mais cor que invista, o mundo teima em girar em um único sentido. Sua alma grita um "caralho" que a sufoca por dentro, quebrando artérias e órgãos. Porém, a estrutura é forte, infelizmente, e a mantém erguida para pegar o mesmo ônibus de sempre. Já sentada no lado da janela, olha a paisagem em busca de detalhes que poderiam passar despercebidos. Não enxerga nada, além de um vento forte que resseca os seus olhos. Sem nada para fazer, fecha os olhos para ver a vida passar em uma lenta e preguiçosa necessidade de sonhar. Espera acordar e, enfim, ter o seu conto de fadas no próximo ponto aguardando-a.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Sou Rita. Rita Lee
"Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer".
Rita sempre foi uma inspiração para as minhas transformações. Cito-a com intimidade porque já me acostumei a tê-la sempre em minhas idéias e ouvidos. Sempre que desejo sair das corriqueiras lamentações ela me aparece na rádio, com as suas belas músicas, tornando-se uma luz no fim do túnel. Porém, por que Rita? Por que não Nanna Caymmi ou Maysa? Creio estar cansada de tantas "batidas na porta da frente é o tempo", afinal os anos se passam, a idade chega, a bunda cai e ninguém de diferente na porta. Lembro-me de pedir desde pequena, coisa de a partir dos 11 anos, um garoto que gostasse de mim. Não precisava ser lindo, forte ou popular na escola; não queria abusar da boa vontade de Deus, mas somente alguém que demonstrasse alguma paixão ou mera cartinha de amor. Com certeza, atirei pedra na cruz, pois até hoje as minhas preces não foram atendidas.
E Maysa? Essa merece respeito. Há muito idealizei por ser igual a ela. Não é qualquer mulher que consegue expor seus sentimentos como se fossem a coisa mais natural. A coragem de dizer que sofre de amor é impressionante. Tal devoção se demonstra no tom melódico de suas músicas. Penso que ela foi a responsável pela trilha sonora de metade da minha vida e pelas tantas lágrimas derramadas no travesseiro. Contudo, a alma se cansa de tanta dor (Como arroz e feijão, que são comidas maravilhosas, mas se tornam enjoativas se consumidas diariamente). Logo, o meu fígado e a minha razão imploraram por menos "demais", já que eram "demais" amores, "demais" brigas, "demais" bebidas, "demais" vômitos, "demais" especulações, "demais" fofocas... Enfim, exagero de "todos acham que eu falo demais e que ando bebendo demais e que essa vida agitada não leva a nada. Andar por ai... bar em bar, bar em bar."
Sendo assim, Rita Lee. Inusitada, louca, extravagante, linda, poética e sincera. Tudo de que eu gosto em uma só fôrma. Porque eu vivo e penso em sexo antes para depois amor. Porque eu sou a ovelha negra da família, para a desgraça dos meus pais e felicidade dos psiquiatras. Porque, assim como ela, de longe eu pareço formosa, mas de perto... xiiii! Meu Deus do céu, como sou venenosa. Porque vivo a lançar o meu doce perfume, implorando para que me deixem de quatro no ato. Porque eu sou mais macho que muito homem. E, acima de tudo, uma mutante: morro de amores a cada semana.
Então, finalizo com a irreverência dessa magnífica cantora: àqueles que não concordam, por favor, não provoquem, pois é cor de rosa choque. Já os que gostaram... "baila comigo lá no meu esconderijo".
Rita sempre foi uma inspiração para as minhas transformações. Cito-a com intimidade porque já me acostumei a tê-la sempre em minhas idéias e ouvidos. Sempre que desejo sair das corriqueiras lamentações ela me aparece na rádio, com as suas belas músicas, tornando-se uma luz no fim do túnel. Porém, por que Rita? Por que não Nanna Caymmi ou Maysa? Creio estar cansada de tantas "batidas na porta da frente é o tempo", afinal os anos se passam, a idade chega, a bunda cai e ninguém de diferente na porta. Lembro-me de pedir desde pequena, coisa de a partir dos 11 anos, um garoto que gostasse de mim. Não precisava ser lindo, forte ou popular na escola; não queria abusar da boa vontade de Deus, mas somente alguém que demonstrasse alguma paixão ou mera cartinha de amor. Com certeza, atirei pedra na cruz, pois até hoje as minhas preces não foram atendidas.
E Maysa? Essa merece respeito. Há muito idealizei por ser igual a ela. Não é qualquer mulher que consegue expor seus sentimentos como se fossem a coisa mais natural. A coragem de dizer que sofre de amor é impressionante. Tal devoção se demonstra no tom melódico de suas músicas. Penso que ela foi a responsável pela trilha sonora de metade da minha vida e pelas tantas lágrimas derramadas no travesseiro. Contudo, a alma se cansa de tanta dor (Como arroz e feijão, que são comidas maravilhosas, mas se tornam enjoativas se consumidas diariamente). Logo, o meu fígado e a minha razão imploraram por menos "demais", já que eram "demais" amores, "demais" brigas, "demais" bebidas, "demais" vômitos, "demais" especulações, "demais" fofocas... Enfim, exagero de "todos acham que eu falo demais e que ando bebendo demais e que essa vida agitada não leva a nada. Andar por ai... bar em bar, bar em bar."
Sendo assim, Rita Lee. Inusitada, louca, extravagante, linda, poética e sincera. Tudo de que eu gosto em uma só fôrma. Porque eu vivo e penso em sexo antes para depois amor. Porque eu sou a ovelha negra da família, para a desgraça dos meus pais e felicidade dos psiquiatras. Porque, assim como ela, de longe eu pareço formosa, mas de perto... xiiii! Meu Deus do céu, como sou venenosa. Porque vivo a lançar o meu doce perfume, implorando para que me deixem de quatro no ato. Porque eu sou mais macho que muito homem. E, acima de tudo, uma mutante: morro de amores a cada semana.
Então, finalizo com a irreverência dessa magnífica cantora: àqueles que não concordam, por favor, não provoquem, pois é cor de rosa choque. Já os que gostaram... "baila comigo lá no meu esconderijo".
sábado, 2 de outubro de 2010
Lanterna dos afogados
Delicadamente, ela entra pela janela e se deita em minha cama. Como de costume, olho para o relógio e confirmo a pontualidade de minha ilustre visita. Ela nunca se atrasa e raramente esquece de trazer consigo os seus meros presentes.Em retribuição a sua generosidade, escrevo pequenos textos. A liberdade de escrever nunca me foi retirada, mas a inspiração brota apenas quando estou unida a ela. Ah, querida e fiel amiga que nunca me abandonou, inclusive neste momento, dedico essa prosa à responsável pelo meu desabrochar de pensamentos: à noite.
Minha ansiedade não a engana, infelizmente, pois por mais que eu deseje apenas abraçá-la em meu travesseiro e pedir bons sonhos, ela insiste em trazer à memória os fantasmas que me atormentam. Tenho consciência de que não sou a única com insônia no mundo, contudo contornei a sua magia e transformei-a a meu favor. Posso não entreter a quem se dispõem a ler. Posso não agradar a todos. Porém, esvazio um pouco do que me afoga.
Depois do crepúsculo, sinto um tanque se encher dentro de mim. O alarme foi acionado. Sem hesitar, a lua banha a cama e traz consigo a necessidade de chorar. Penso que a cada lágrima derramada é menos uma recordação a me sufocar. Contudo, nada escorre de minha alma. Ora, será que sequei? E o coração, sobrecarregado de tanto bater por quem almeja apenas dormir, extravasa. Transbordei-me inversamente.
A fim de saciar a necessidade de lacrimejar, exploro as oportunidades que a mesma me oferece. Sim, ela não proporciona somente horrores. Bifurcada, suas alternativas são como as raízes de uma árvore, que atingem comoventes dimensões. Porém, como filhos de Deus e agraciados pelo livre arbítrio, a tendência do homem é a escolha pelo caminho errado. Para mim, o certo ou o incorreto não existem. Existe o prazer. Sou movida por tudo que me faz bem, mesmo que momentaneamente, pois não se deve desprezar nenhum tipo de amor e muito menos de gozo.Enfim, jogo-me no que a noite tem a me dar. Esses são os melhores fins de dia, já que a mente é iludida pelas luzes, drinks e amores. Assim, não há depressão que se rende!
Logo, quando não há escolha, a noite me possui. Como hoje, sem alternativas para brincar de mágica, o limite do desespero se parece como uma cidade já visitada. O bolo de angústias persiste em não ser expelido. Na tentativa de gritar, abro a boca, mas nada dela sai. A cada piscar de olhos eu rezo ao tempo. Peço que o tormento logo acabe e que o sol invada o cômodo. Cansei de brincar de "Bridget Jones". Quero chorar!
Busco o motivo pelo qual não consigo realizar tal ação. Relembro as noites (insistente essa minha companhia...) que me entreguei por inteira. As memórias não são boas, porque comecei e nunca mais parei de lamentar. Creio estar em inércia. Tal qual busco a solução à frieza, determino o estado de ignorância ao meu ser. Afinal, não só a noite me acompanha, como também o medo. Medo de fofocar o que, aparentemente, se encontra adormecido.
Sendo assim, o que me resta? Sinceramente, a miopia não permite desvendar longínquas terras. Pobre de lágrimas e de espírito, contento-me com o caminho errado, o cigarro, a cerveja, as orações e o pôster de meu amado selado a cada choro não derramado, sufocando-me.
Minha ansiedade não a engana, infelizmente, pois por mais que eu deseje apenas abraçá-la em meu travesseiro e pedir bons sonhos, ela insiste em trazer à memória os fantasmas que me atormentam. Tenho consciência de que não sou a única com insônia no mundo, contudo contornei a sua magia e transformei-a a meu favor. Posso não entreter a quem se dispõem a ler. Posso não agradar a todos. Porém, esvazio um pouco do que me afoga.
Depois do crepúsculo, sinto um tanque se encher dentro de mim. O alarme foi acionado. Sem hesitar, a lua banha a cama e traz consigo a necessidade de chorar. Penso que a cada lágrima derramada é menos uma recordação a me sufocar. Contudo, nada escorre de minha alma. Ora, será que sequei? E o coração, sobrecarregado de tanto bater por quem almeja apenas dormir, extravasa. Transbordei-me inversamente.
A fim de saciar a necessidade de lacrimejar, exploro as oportunidades que a mesma me oferece. Sim, ela não proporciona somente horrores. Bifurcada, suas alternativas são como as raízes de uma árvore, que atingem comoventes dimensões. Porém, como filhos de Deus e agraciados pelo livre arbítrio, a tendência do homem é a escolha pelo caminho errado. Para mim, o certo ou o incorreto não existem. Existe o prazer. Sou movida por tudo que me faz bem, mesmo que momentaneamente, pois não se deve desprezar nenhum tipo de amor e muito menos de gozo.Enfim, jogo-me no que a noite tem a me dar. Esses são os melhores fins de dia, já que a mente é iludida pelas luzes, drinks e amores. Assim, não há depressão que se rende!
Logo, quando não há escolha, a noite me possui. Como hoje, sem alternativas para brincar de mágica, o limite do desespero se parece como uma cidade já visitada. O bolo de angústias persiste em não ser expelido. Na tentativa de gritar, abro a boca, mas nada dela sai. A cada piscar de olhos eu rezo ao tempo. Peço que o tormento logo acabe e que o sol invada o cômodo. Cansei de brincar de "Bridget Jones". Quero chorar!
Busco o motivo pelo qual não consigo realizar tal ação. Relembro as noites (insistente essa minha companhia...) que me entreguei por inteira. As memórias não são boas, porque comecei e nunca mais parei de lamentar. Creio estar em inércia. Tal qual busco a solução à frieza, determino o estado de ignorância ao meu ser. Afinal, não só a noite me acompanha, como também o medo. Medo de fofocar o que, aparentemente, se encontra adormecido.
Sendo assim, o que me resta? Sinceramente, a miopia não permite desvendar longínquas terras. Pobre de lágrimas e de espírito, contento-me com o caminho errado, o cigarro, a cerveja, as orações e o pôster de meu amado selado a cada choro não derramado, sufocando-me.
sábado, 11 de setembro de 2010
Eu quero é viver em paz, por favor me beija a boca!
Pergunto-me quando cansarei dessas noites imemoráveis.
Pergunto-me quando cansarei desses copos descartáveis vazios em minhas mãos.
Pergunto-me quando cansarei desses beijos jogados ao vento e esquecidos no minuto seguinte.
Pergunto-me quando cansarei desses telefones conquistados que nunca os usarei.
Pergunto-me quando cansarei dessa veemente vida que tanto me faz feliz.
Pergunto-me quando cansarei dessa dor de cabeça do dia seguinte.
E no fim, pergunto-me se vale apena viver cada noite sem fronteiras entre o certo e o errado.
A resposta não tarda em chegar. Ela vem como um furacão derrubando todos os pilares que me foram impostos.
Sim, me jogarei na madrugada até que o meu corpo não consiga mais.
Enquanto houver alegria, disposição e cerveja eu farei de mim um joguete da magia que a noite emana.
Pergunto-me quando cansarei desses copos descartáveis vazios em minhas mãos.
Pergunto-me quando cansarei desses beijos jogados ao vento e esquecidos no minuto seguinte.
Pergunto-me quando cansarei desses telefones conquistados que nunca os usarei.
Pergunto-me quando cansarei dessa veemente vida que tanto me faz feliz.
Pergunto-me quando cansarei dessa dor de cabeça do dia seguinte.
E no fim, pergunto-me se vale apena viver cada noite sem fronteiras entre o certo e o errado.
A resposta não tarda em chegar. Ela vem como um furacão derrubando todos os pilares que me foram impostos.
Sim, me jogarei na madrugada até que o meu corpo não consiga mais.
Enquanto houver alegria, disposição e cerveja eu farei de mim um joguete da magia que a noite emana.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Luto
Queridos seguidores,
Uma estrela no céu se apagou. O mundo perdeu uma ilustre pessoa, a qual eu sentia um imenso carinho e respeito. Muito antes de ser um mero professor, ele representava uma alma livre e intensa em suas paixões. Penso que a sua real função não era nos ensinar apenas a literatura de Shakespeare ou, até mesmo, as consequências da semana de 22 para o Modernismo, mas a descoberta da faculdade da imaginação que todo homem tem, intensionada à humanidade como algo benéfico a existência do ser no planeta terra.
Afinal, suas aulas transcendiam a normalidade, pois qualquer um que espiasse pela fresta da janela sentiria a atmosfera carregada de alegria, curiosidade, expectativas, paixão e suspense. Elementos esses presentes em um grande espetáculo de teatro, em que propositalmente eramos inseridos para sermos os atores e o nosso professor o grande diretor.
Sim, hoje percebo a finalidade de todas as peças solicitadas. Assimilo o ponto central desse diferencial, que tanto sinto falta nas atuais classes. Latuf abriu as portas que nos prendiam, possibilitando a todos a quebra de barreiras dos paradigmas. A arte está presente em todas as nossas ações, porque somos seres dotados de inteligência e capazes de criar e recriar momentos e coisas. Tudo é novo. Tudo é mágico. Tudo é digno de ser contemplado e aplaudido.
Carissímo Mestre, tenho certeza que o lugar onde o senhor se encontra é muito mais bonito e apropriado à sua alma. A vida não poderia abarcar toda a sua magnitude e carinho, seria muito pouco tempo. Em contato com o eterno, estarás livre para contagiar o infinito com palavras, canções e sorrisos. Deus o receberá de braços abertos. Cabe a nós, que ficamos por aqui, proclamar a existência de uma pessoa tão valiosa, em meio há tantas que não merecem ser recordadas.
Vá com Deus, pois aqui o Senhor estará sempre em nossas memórias como um profundo amante do show da vida.
Uma estrela no céu se apagou. O mundo perdeu uma ilustre pessoa, a qual eu sentia um imenso carinho e respeito. Muito antes de ser um mero professor, ele representava uma alma livre e intensa em suas paixões. Penso que a sua real função não era nos ensinar apenas a literatura de Shakespeare ou, até mesmo, as consequências da semana de 22 para o Modernismo, mas a descoberta da faculdade da imaginação que todo homem tem, intensionada à humanidade como algo benéfico a existência do ser no planeta terra.
Afinal, suas aulas transcendiam a normalidade, pois qualquer um que espiasse pela fresta da janela sentiria a atmosfera carregada de alegria, curiosidade, expectativas, paixão e suspense. Elementos esses presentes em um grande espetáculo de teatro, em que propositalmente eramos inseridos para sermos os atores e o nosso professor o grande diretor.
Sim, hoje percebo a finalidade de todas as peças solicitadas. Assimilo o ponto central desse diferencial, que tanto sinto falta nas atuais classes. Latuf abriu as portas que nos prendiam, possibilitando a todos a quebra de barreiras dos paradigmas. A arte está presente em todas as nossas ações, porque somos seres dotados de inteligência e capazes de criar e recriar momentos e coisas. Tudo é novo. Tudo é mágico. Tudo é digno de ser contemplado e aplaudido.
Carissímo Mestre, tenho certeza que o lugar onde o senhor se encontra é muito mais bonito e apropriado à sua alma. A vida não poderia abarcar toda a sua magnitude e carinho, seria muito pouco tempo. Em contato com o eterno, estarás livre para contagiar o infinito com palavras, canções e sorrisos. Deus o receberá de braços abertos. Cabe a nós, que ficamos por aqui, proclamar a existência de uma pessoa tão valiosa, em meio há tantas que não merecem ser recordadas.
Vá com Deus, pois aqui o Senhor estará sempre em nossas memórias como um profundo amante do show da vida.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
E tudo se deu em razão de um toque
A principio ele não me transmitia nenhum valor. Puxei uma conversa para simplesmente não ficar sozinha em meio a uma multidão de desconhecidos transtornados. Como sempre, não inseri muita fé em um futuro, e acredito que nem hoje, depois de tê-lo conhecido melhor, esse sentimento de esperança tenha mudado. Porém, como uma brisa em um dia de calor estonteante de verão, meu corpo sentiu uma onda de vibrações que, até então, nunca haviam atingido o seu auge.
Certa vez, enquanto assistia a um filme, do qual o nome eu não me lembro, dizia-se que a gente reconhece o parceiro ideal com o encaixar das mãos. Para mim, essa teoria nunca deu certo. O meu termômetro é acionado com um simples toque. Sempre foi assim. E o toque dele não se iguala a qualquer outro. Posso tentar descrevê-lo para se obter uma efêmera idéia de sua beleza: ao realizar uma viagem, em que o destino está muito além do nosso alcance e o que se vê é apenas paisagens bucólicas e inéditas aos olhos, geralmente ansiamos em colocar alguma parte do nosso corpo para fora da janela, como os braços ou o rosto. A comunicação entre esses dois corpos é extremamente agradável, sendo avassalador, pelo fato da velocidade do transporte gerar um vento feroz em contato com a pele, ao mesmo que tentador, pois a alma pede para ser levada pelo ar e se fundir ao ambiente.
Enfim, apaixonei-me e, rapidamente, entrei em êxtase com as suas mãos. Queria essa sensação naquele momento. Dizem que eu me precipitei. Ah, quem nunca foi tomada pela ansiedade diante de tanto prazer ao seu alcance? Fui e não me arrependo do que fiz. O grande problema é que eu me viciei nele. Desejo por recordar esse momento só mais uma vez, tendo a consciência de que essa será a última para assim guardá-la e aproveitá-la ao máximo. Contudo, querer não é poder e o que eu quero está muito longe de ser alcançado.
Logo, na vã tentativa de esquecê-lo, entrei em processo de reabilitação e me exilei de qualquer pensamento que me fizesse recordá-lo. Até que um dia, em um piscar de olhos rotineiros, eu enxerguei o que há muito postava em minha frente. Pude sentir, novamente, o formigamento de cada célulazinha como reação a uma ação. Dessa vez a ponte que nos uniu não foram as mãos, mas os lábios. Sua energia me acendeu e agora eu já não posso pensar em ocultar essa sensação.
Infelizmente, ainda não o tenho ao meu lado. Não sei se o terei algum dia. Fiquei com duas recordações em minha mente, pulsando em se tornar realidade. Voltei a rezar a Deus, a fim do mesmo me conceder essa graça. Tenho certeza que muito dos meus problemas e dependências se dissipariam, afinal eu me concentraria apenas em tê-lo a todo o momento.
Certa vez, enquanto assistia a um filme, do qual o nome eu não me lembro, dizia-se que a gente reconhece o parceiro ideal com o encaixar das mãos. Para mim, essa teoria nunca deu certo. O meu termômetro é acionado com um simples toque. Sempre foi assim. E o toque dele não se iguala a qualquer outro. Posso tentar descrevê-lo para se obter uma efêmera idéia de sua beleza: ao realizar uma viagem, em que o destino está muito além do nosso alcance e o que se vê é apenas paisagens bucólicas e inéditas aos olhos, geralmente ansiamos em colocar alguma parte do nosso corpo para fora da janela, como os braços ou o rosto. A comunicação entre esses dois corpos é extremamente agradável, sendo avassalador, pelo fato da velocidade do transporte gerar um vento feroz em contato com a pele, ao mesmo que tentador, pois a alma pede para ser levada pelo ar e se fundir ao ambiente.
Enfim, apaixonei-me e, rapidamente, entrei em êxtase com as suas mãos. Queria essa sensação naquele momento. Dizem que eu me precipitei. Ah, quem nunca foi tomada pela ansiedade diante de tanto prazer ao seu alcance? Fui e não me arrependo do que fiz. O grande problema é que eu me viciei nele. Desejo por recordar esse momento só mais uma vez, tendo a consciência de que essa será a última para assim guardá-la e aproveitá-la ao máximo. Contudo, querer não é poder e o que eu quero está muito longe de ser alcançado.
Logo, na vã tentativa de esquecê-lo, entrei em processo de reabilitação e me exilei de qualquer pensamento que me fizesse recordá-lo. Até que um dia, em um piscar de olhos rotineiros, eu enxerguei o que há muito postava em minha frente. Pude sentir, novamente, o formigamento de cada célulazinha como reação a uma ação. Dessa vez a ponte que nos uniu não foram as mãos, mas os lábios. Sua energia me acendeu e agora eu já não posso pensar em ocultar essa sensação.
Infelizmente, ainda não o tenho ao meu lado. Não sei se o terei algum dia. Fiquei com duas recordações em minha mente, pulsando em se tornar realidade. Voltei a rezar a Deus, a fim do mesmo me conceder essa graça. Tenho certeza que muito dos meus problemas e dependências se dissipariam, afinal eu me concentraria apenas em tê-lo a todo o momento.
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