sábado, 11 de setembro de 2010

Eu quero é viver em paz, por favor me beija a boca!

Pergunto-me quando cansarei dessas noites imemoráveis.
Pergunto-me quando cansarei desses copos descartáveis vazios em minhas mãos.
Pergunto-me quando cansarei desses beijos jogados ao vento e esquecidos no minuto seguinte.
Pergunto-me quando cansarei desses telefones conquistados que nunca os usarei.
Pergunto-me quando cansarei dessa veemente vida que tanto me faz feliz.
Pergunto-me quando cansarei dessa dor de cabeça do dia seguinte.

E no fim, pergunto-me se vale apena viver cada noite sem fronteiras entre o certo e o errado.
A resposta não tarda em chegar. Ela vem como um furacão derrubando todos os pilares que me foram impostos.
Sim, me jogarei na madrugada até que o meu corpo não consiga mais.
Enquanto houver alegria, disposição e cerveja eu farei de mim um joguete da magia que a noite emana.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Luto

Queridos seguidores,

Uma estrela no céu se apagou. O mundo perdeu uma ilustre pessoa, a qual eu sentia um imenso carinho e respeito. Muito antes de ser um mero professor, ele representava uma alma livre e intensa em suas paixões. Penso que a sua real função não era nos ensinar apenas a literatura de Shakespeare ou, até mesmo, as consequências da semana de 22 para o Modernismo, mas a descoberta da faculdade da imaginação que todo homem tem, intensionada à humanidade como algo benéfico a existência do ser no planeta terra.
Afinal, suas aulas transcendiam a normalidade, pois qualquer um que espiasse pela fresta da janela sentiria a atmosfera carregada de alegria, curiosidade, expectativas, paixão e suspense. Elementos esses presentes em um grande espetáculo de teatro, em que propositalmente eramos inseridos para sermos os atores e o nosso professor o grande diretor.
Sim, hoje percebo a finalidade de todas as peças solicitadas. Assimilo o ponto central desse diferencial, que tanto sinto falta nas atuais classes. Latuf abriu as portas que nos prendiam, possibilitando a todos a quebra de barreiras dos paradigmas. A arte está presente em todas as nossas ações, porque somos seres dotados de inteligência e capazes de criar e recriar momentos e coisas. Tudo é novo. Tudo é mágico. Tudo é digno de ser contemplado e aplaudido.
Carissímo Mestre, tenho certeza que o lugar onde o senhor se encontra é muito mais bonito e apropriado à sua alma. A vida não poderia abarcar toda a sua magnitude e carinho, seria muito pouco tempo. Em contato com o eterno, estarás livre para contagiar o infinito com palavras, canções e sorrisos. Deus o receberá de braços abertos. Cabe a nós, que ficamos por aqui, proclamar a existência de uma pessoa tão valiosa, em meio há tantas que não merecem ser recordadas.
Vá com Deus, pois aqui o Senhor estará sempre em nossas memórias como um profundo amante do show da vida.